
A sensação de cansaço das redes sociais, conhecida como social media fatigue, voltou ao centro das discussões online. Em fóruns, usuários relatam que a experiência nas plataformas mudou — e, para muitos, “a internet perdeu a graça”. Comentários recentes reforçam que o fenômeno ganhou força e está se espalhando entre diferentes faixas etárias.
Em publicações que viralizaram, internautas mencionam uma combinação de fatores: excesso de publicidade direcionada, timelines dominadas por opiniões agressivas, conteúdos repetitivos gerados por inteligência artificial e a cobrança implícita por constante atualização pessoal. Para muitos, as redes deixaram de ser um espaço leve de conexão e passaram a representar uma fonte de estresse.
Especialistas em comportamento digital afirmam que a fadiga não é novidade, mas dizem que ela voltou a crescer devido ao ritmo acelerado das transformações nas plataformas. O aumento do uso de algoritmos para maximizar engajamento, por exemplo, expõe usuários a ciclos constantes de estímulos — muitas vezes sem que percebam. Quando esses estímulos se tornam excessivos, é comum que surjam sensação de saturação, perda de interesse e até afastamento repentino.
Outro ponto levantado pelos usuários é a percepção de que, apesar de existir mais conteúdo do que nunca, há menos autenticidade. A popularização de ferramentas de IA generativa torna mais difícil distinguir o que é espontâneo do que é produzido artificialmente, o que contribui para a sensação de artificialidade e esgotamento emocional.
Apesar disso, especialistas apontam que o afastamento não é necessariamente negativo. Muitos usuários relatam bem-estar após reduzir o tempo de uso, desativar notificações e priorizar interações reais. A tendência, segundo analistas, pode levar as plataformas a rever modelos de conteúdo e estratégias de retenção de usuários nos próximos meses.