De acordo com o documento oficial, moradores têm procurado o vereador para relatar a falta de apoio para locomoção, especialmente para pessoas com dificuldade de mobilidade, que muitas vezes não conseguem sequer chegar às unidades para o atendimento. O próprio requerimento destaca que o transporte é “fundamental para garantir que pessoas em situação de vulnerabilidade tenham acesso adequado ao tratamento”,
Mas o ponto que mais chama atenção — e que revela o tamanho do problema — é que algo tão básico quanto levar o paciente até o local de atendimento já deveria ser uma política pública elementar. Afinal, estamos falando do CAPS, um serviço sensível, que acolhe pessoas em sofrimento psíquico, com depressão, ansiedade severa, crises emocionais ou outras condições complexas. Em um cenário assim, o mínimo esperado seria que a Prefeitura oferecesse transporte adequado, acessível e organizado, sem depender de cobranças formais por parte de vereadores.
No entanto, o simples fato de o requerimento existir evidencia o contrário.
O município, ao que tudo indica, não informa, não esclarece e tampouco demonstra possuir uma estrutura eficiente para garantir essa locomoção — obrigando o parlamentar a intervir para obter respostas óbvias:
quantos pacientes dependem do transporte?
quantos recebem esse apoio?
existe veículo adaptado?
há fila de espera?
há planejamento para ampliar o serviço?

Para um serviço que atende pessoas com fragilidade emocional ou física, não deveria caber ao vereador precisar “lembrar” a Administração de sua responsabilidade básica. A oferta de transporte deveria ser natural, eficiente e estruturada — não motivo de cobrança legislativa.
Enquanto isso, famílias continuam enfrentando dificuldade dupla:
cuidar de quem precisa de atendimento especializado e, ao mesmo tempo, se preocupar com como o paciente vai chegar até ele.
A câmara Municipal agora aguarda as respostas do Executivo. A população também.