Uma mulher identificada como Tainara Souza Santos, de aproximadamente 30 anos, sofreu ferimentos gravíssimos após ser atropelada e arrastada por mais de um quilômetro na Marginal Tietê, na altura da Vila Maria, Zona Norte de São Paulo. O caso aconteceu no sábado (29) e chocou motoristas que testemunharam a cena. A vítima ficou presa na parte externa do porta-malas do veículo enquanto era arrastada em alta velocidade.
Motoristas que trafegavam pela via acionaram a emergência ao perceberem que a mulher estava presa ao carro e sendo arrastada. Ela foi socorrida em estado crítico e levada ao Hospital Municipal José Storopolli.
Tainara passou por amputação das duas pernas, abaixo dos joelhos, devido à gravidade dos ferimentos. Ela permanece internada na UTI, sedada, intubada e recebendo transfusões de sangue.
Em nova cirurgia, médicos instalaram uma placa fixadora na bacia e realizaram colostomia.
Familiares relatam preocupação com possíveis infecções, já que a vítima também apresenta ferimentos extensos na pele, além de fraturas na clavícula e nas costelas. Apesar da complexidade do quadro, o estado é considerado estável, porém muito delicado.
O principal suspeito é o ex-companheiro de Tainara, um homem de 26 anos, que teria perseguido a vítima antes de atropelá-la. Ele foi preso e é investigado por tentativa de feminicídio, já que há indícios de que o atropelamento foi intencional.
De acordo com testemunhas e familiares, o relacionamento entre os dois era marcado por conflitos. A Polícia Civil segue colhendo depoimentos e analisando imagens de câmeras da região para reconstruir a trajetória do veículo e confirmar a dinâmica do crime.
O caso causou grande comoção nas redes sociais. Familiares pedem justiça e mobilização pela recuperação de Tainara, descrevendo-a como uma mulher ativa, alegre e cheia de vida. Eles também alertam para golpes: perfis falsos estariam usando o nome da vítima para pedir doações, algo que a família não autorizou.
O crime reacende o debate sobre a escalada da violência contra mulheres e a dificuldade de prevenir casos extremos mesmo após rompimentos ou denúncias. Entidades de proteção lembram que perseguições, ameaças e agressões anteriores são frequentemente antecedentes em tentativas de feminicídio.